A
história é ambientada durante os anos finais do conflito velado e acompanha
George Smiley, um dos cinco ocupantes dos postos mais altos dentro do Circus e
do Serviço Secreto Inglês, encarregado de descobrir quem, ali no meio dos
cinco, é um agente duplo que por anos trabalhou para os soviéticos.
Título Tinker Tailor Soldier Spy (Original)
Ano produção 2011
Dirigido por Tomas
Alfredson
Estreia 13 de Janeiro de 2012 ( Brasil )
Duração 127 minutos
Gênero Thriller
Países Reino
Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Bom dia, você que guarda segredos
escusos e trafica informação para os inimigos. Hoje adentraremos os meandros da
espionagem e conhecer a profissão que James Bond pensa ter.
O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS
“O espião que sabia demais” é uma
adaptação do romance homônimo de John le
Carré, conhecido autor de livros de espionagem. Antes de mais nada, quero
comentar que, a despeito daqueles que acham que os filmes sempre estragam os
livros, na minha modesta opinião, este filme é muito — muito mesmo, pessoal —
melhor que o livro. E, sim, eu li o livro.
Temos como protagonista o espião
compulsoriamente aposentado George Smiley,
personagem recorrente nos romances de le
Carré. Smiley deve voltar à ativa para descobrir quem é o agente duplo
infiltrado no Circus, que transmite
informações sigilosas ao inimigo (os soviéticos).
Diferentemente das histórias do espião
galanteador narradas por Ian Fleming,
aqui temos uma trama que de fato trata da espionagens, não se encontramos um
filme de ação, cheio de pirotecnias, lutas empolgantes e frases de efeito após
tiroteios fantásticos. Se você está em busca de algo assim, mude de canal
agora.
Pois bem, esclarecidos os pormenores,
vamos ao filme. Fiz questão de ler o livro antes de assistir ao filme, que
ficou longos meses à minha espera. Sinceramente, o livro não me agradou. Eu
explico. John le Carré tem uma escrita muito boa, como eu já havia constatado
em outra leitura de um livro seu, seu conhecimento sobre a espionagem britânica
é inegável e explícito em seu texto, no entanto, “O espião que sabia demais”, o
livro, é arrastado, demorado, cansativo. Não por abdicar da ação e mergulhar na
investigação e em conspirações secretas, mas por exagerar no tecnicismo
empregado, funcionando mais como um ensaio sobre a espionagem na Inglaterra do
que em um romance.
Obviamente o livro tem suas qualidades,
conta uma ótima história, inteligente e intrigante, mas poderia ser mais enxuto
e um pouco mais dinâmico, e nesse ponto o filme me ganhou muito mais.
O filme é lento, com uma fotografia
pálida, uma câmera calma, quase contemplativa, mas não é maçante tal qual a
obra que o originou. A trama é complexa, e aos poucos vamos ligando as peças,
assim como o protagonista.
A técnica cinematográfica e refinada,
com enquadramentos e travelings
elegantes. A trilha sonora também é ótima e completa o clima meio noir que permeia todo o filme.
O elenco é impecável, não só Gary
Oldman, que interpreta um Smiley de forma visceral, cheio de incertezas e
amargurado pela traição a abandono da esposa, mas também Mark Strong, Colin
Firth, Benedict Cumberbatch, John Hurt e Tom Hardy; todos excelentes.
O desfecho é muito bom, e bastante
melancólico, o que me agrada sobremaneira.
Um filme fantástico, imperdível.
ASSISTA! ! !
Até mais, crianças.
E encontre o toupeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário