12 de setembro de 2014

O que eu assisti nessa sexta feira #23 - O Espião que Sabia Demais


A história é ambientada durante os anos finais do conflito velado e acompanha George Smiley, um dos cinco ocupantes dos postos mais altos dentro do Circus e do Serviço Secreto Inglês, encarregado de descobrir quem, ali no meio dos cinco, é um agente duplo que por anos trabalhou para os soviéticos.





Título                   Tinker Tailor Soldier Spy (Original)

Ano produção    2011

Dirigido por        Tomas Alfredson

Estreia                  13 de Janeiro de 2012 ( Brasil )

Duração               127 minutos

Gênero                 Thriller

Países                   Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte


Bom dia, você que guarda segredos escusos e trafica informação para os inimigos. Hoje adentraremos os meandros da espionagem e conhecer a profissão que James Bond pensa ter.



O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS
 
“O espião que sabia demais” é uma adaptação do romance homônimo de John le Carré, conhecido autor de livros de espionagem. Antes de mais nada, quero comentar que, a despeito daqueles que acham que os filmes sempre estragam os livros, na minha modesta opinião, este filme é muito — muito mesmo, pessoal — melhor que o livro. E, sim, eu li o livro.

Temos como protagonista o espião compulsoriamente aposentado George Smiley, personagem recorrente nos romances de le Carré. Smiley deve voltar à ativa para descobrir quem é o agente duplo infiltrado no Circus, que transmite informações sigilosas ao inimigo (os soviéticos).

Diferentemente das histórias do espião galanteador narradas por Ian Fleming, aqui temos uma trama que de fato trata da espionagens, não se encontramos um filme de ação, cheio de pirotecnias, lutas empolgantes e frases de efeito após tiroteios fantásticos. Se você está em busca de algo assim, mude de canal agora.

Pois bem, esclarecidos os pormenores, vamos ao filme. Fiz questão de ler o livro antes de assistir ao filme, que ficou longos meses à minha espera. Sinceramente, o livro não me agradou. Eu explico. John le Carré tem uma escrita muito boa, como eu já havia constatado em outra leitura de um livro seu, seu conhecimento sobre a espionagem britânica é inegável e explícito em seu texto, no entanto, “O espião que sabia demais”, o livro, é arrastado, demorado, cansativo. Não por abdicar da ação e mergulhar na investigação e em conspirações secretas, mas por exagerar no tecnicismo empregado, funcionando mais como um ensaio sobre a espionagem na Inglaterra do que em um romance.

Obviamente o livro tem suas qualidades, conta uma ótima história, inteligente e intrigante, mas poderia ser mais enxuto e um pouco mais dinâmico, e nesse ponto o filme me ganhou muito mais.



O filme é lento, com uma fotografia pálida, uma câmera calma, quase contemplativa, mas não é maçante tal qual a obra que o originou. A trama é complexa, e aos poucos vamos ligando as peças, assim como o protagonista.
A técnica cinematográfica e refinada, com enquadramentos e travelings elegantes. A trilha sonora também é ótima e completa o clima meio noir que permeia todo o filme.

O elenco é impecável, não só Gary Oldman, que interpreta um Smiley de forma visceral, cheio de incertezas e amargurado pela traição a abandono da esposa, mas também Mark Strong, Colin Firth, Benedict Cumberbatch, John Hurt e Tom Hardy; todos excelentes.

O desfecho é muito bom, e bastante melancólico, o que me agrada sobremaneira.

Um filme fantástico, imperdível.

ASSISTA! ! !



Até mais, crianças.

E encontre o toupeira.

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