3 de outubro de 2014

O que eu assisti nessa sexta feira #24 - Harry Brown


Harry Brown é um viúvo e ex-marine septuagenário, cuja vizinhança outrora pacata é hoje dominada pelo crime organizado, o tráfico de droga e a violência entre gangues. Quando o seu melhor amigo é brutalmente assassinado e o responsável pelo crime é libertado, Harry leva o seu desejo de vingança ate aos limites e começa a impor a ordem aos jovens delinquentes pela lei das armas.

Título                   Harry Brown (Original)

Ano produção    2009

Dirigido por        Daniel Barber

Estreia                  11 de Novembro de 2009 ( Brasil )

Duração               103 minutos

Gênero                 Thriller Drama Policial Suspense

Países                   Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte


Bom dia, você que tem vizinhos do barulho, e gostaria de ataca-los com uma faca de cozinha. Hoje é dia de cinema!




HARRY BROWN

A figura do vingador amargurado, que perdeu amigo e/ou família e decide fazer uma limpa na bandidagem, não é algo novo, na verdade, é algo explorado incessantemente pelo cinema, gerando algumas obras formidáveis, e outras tantas bem medíocres. No entanto, “Harry Brown” não é só mais um filme.


Na história, temos um Michael Caine, com a competência genial de sempre, interpretando um homem amargurado, com uma vida deprimente, já que a esposa está à beira da morte, e a solidão monótona dos seus dias é tudo que lhe resta. A sequência em que o protagonista acorda e realiza sua rotina matinal representa bem a vida medíocre que o coitado leva.

Após perder a esposa e, logo em seguida, seu melhor amigo ser assassinado pelos delinquentes que tomaram conta do seu bairro, entra em cena “o vingador”. Porém, quem espera algo do tipo “Busca Implacável”, pode tirar o cavalinho da chuva. “Harry Brown” NÃO É UM FILME DE AÇÃO!

Durante uma hora, aproximadamente, temos um filme lento, escuro, soturno, e deliciosamente angustiante; e, quando entramos na “vingança” de fato, somos brindados com um protagonista verossímil, diferente do que estamos acostumados a ver.


Quando Harry persegue um dos delinquentes, segurando a arma que acabou de “comprar” de uns traficantes escrotos e muito doidões, ele tem uma parada respiratória e desmaia, pois o cara é um idoso, um ser humano, e jamais terá a destreza de outrora. Harry Brown não poderia integrar Os Mercenários, pois não daria tempo de parar para tomar seus remédios, e isso é um grande diferencial no filme.

A vingança de Harry é torta, como é a vida, não há sequências de tirar o fôlego, há sequencias de apertar o peito, angustiantes. E o desfecho é excelente, tão soturno quanto deveria ser, como um tipo de vitória amarga, onde todos perdem algo.

Super recomendado para pessoas fortes.


Até mais, crianças.

E queime a plantação.

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