Antes de irmos ao assunto principal,
gostaria de me apresentar. Meu nome é Samuel e sou autor do livro “Demônios Não Choram” – o melhor
livro que você não leu em 2013 –além de exercer a profissão de contador na
cidade de Belo Horizonte. Estou aqui, pela primeira vez, por um convite de Dona
Caroline, a anfitriã desse doce e colorido espaço. Agradeço a ela pelo convite
e pelo grande montante de dinheiro com o qual me remunerará por este singelo
trabalho.
Se Deus quiser (e o diabo deixar),
estarei aqui todas as sextas-feiras trazendo o melhor (e talvez o pior) do cinema
de suspense e terror. E quando eu digo terror, eu quero dizer TERROR, e não
carnificinas gratuitas que não amedrontam nem mesmo um criancinhas de colo.
Feitas as devidas apresentações, vamos
ao que interessa.
Durante o inverno, um homem, é contratado para
ficar como vigia em um hotel no Colorado, e vai para lá com a mulher e seu
filho. Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar problemas mentais
sérios e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo
que seu filho passa a ter visões de acontecimentos ocorridos no passado, que
também foram causados pelo isolamento excessivo.
The Shining (Original)
|
|
Ano produção
|
1980
|
Dirigido por
|
|
Estreia
|
25 de Dezembro de 1980 ( Brasil
)
|
Duração
|
146 minutos
|
Classificação
|
Não recomendado para menores de 14
anos
|
Gênero
|
Mistério, Terror
|
Países de
Origem
|
|
O ILUMINADO
O Iluminado é um filme de Stanley
Kubrick adaptado do romance homônimo de Stephen King, e
acompanha um recorte da vida de Jack Torrance, desempregado e escritor frustrado,
que aceita um trabalho como vigia de um grande hotel de luxo que fecha durante
o severo inverno do local.
Jack vê no trabalho a oportunidade de
finalmente escrever seu romance e, ao mesmo tempo, garantir uma boa renda sem
muito esforço. Mas suas expectativas não podiam ser mais frustradas.
O filme começa com uma panorâmica
aérea, seguindo o carro de Jack em direção ao hotel. A trilha sonora e a
paisagem gelada e desértica são suficientes para um pequeno frio na barriga. Assim
que Jack entra no hotel, fica evidente o estilo inigualável de filmar de
Kubrick, o traveling suave e preciso; a nitidez absurda; a iluminação perfeita;
e a fotografia colorida e ao mesmo tempo opaca.
Na sequencia temos a primeira aparição
de Danny, com seu olhar assustadoramente perdido, ao lado de uma Shelley
Duvall já sofrida e aterrorizada pela loucura de um
diretor perfeccionista.
A família finalmente se acomoda no
hotel, e então...
Quem nunca viu O Iluminado, e não
conhece nada a respeito, pode esperar um hotel mal assombrado por fantasmas
carregando foices e facas de cozinha, mas nada disso acontece, não nesse filme.
Há aparições, é claro. Mas cada uma delas é perturbadora sem precisar apelar
para carnificina. Na verdade, são mais assustadoras que qualquer filme e terror
que transborde à violência e sadismo.
E, deixando de lado as “aparições”,
temos o ponto mais assustador do filme, que não é devido a forças sobrenaturais
ou maníacos assassinos, e sim a uma fragilidade humana a qual todos somos
propensos: A Loucura.
Na medida em que os dias passam, o
personagem de Jack Nicholson
mergulha em uma mudança drástica em seu comportamento, passando a ser temido
até mesmo pela esposa.
Claro que há coisas terrivelmente
assustadoras no filme, como o passeio solitário do pequeno Danny pelos
corredores do hotel, tendo como trilha sonora apenas o ruído das rodas de seu triciclo
contra o assoalho; as gêmeas aterrorizantes com seus vestidos azul e branco; e
até mesmo o mar de sangue que inexplicavelmente jorra das portas do elevador.
Mas o que mais amedronta é a loucura de Jack. Spielberg que me perdoe,
mas nem mesmo a genial trilha sonora de duas notas composta por John Williams para Tubarão é mais angustiante que o
som solitário daquela bola de tênis que encontra a parede e volta para as mãos
de Jack incessantemente.
Há quem critique a performance ímpar de
Shelley Duvall, mas sabemos que aquilo é medo puro e autêntico. Talvez não do
marido enlouquecido, mas do Diretor carrasco que insistia em lhe atormentar em
busca da tomada parfeita. Mas, ainda assim, é medo, e medo dos bons.
A atuação do pequeno Danny Lloyd também é algo extraordinário,
pois nos afeta muito mais que qualquer criança histérica e amedrontada.
Stanley Kubrick fez tudo isso com
apenas duas mortes durante os 146 minutos de filme. E, diga-se de passagem,
duas mortes totalmente “sem graça”. Isso só me faz crer que Kubrick faz muita
falta, e que os novos diretores ainda têm muito a apreender sobre o que é um
verdadeiro terror.
O AUTOR DO CRIME
O responsável por essa obra ímpar de
inestimável importância para o cinema é um dos mais geniais diretores do todos
os tempos. Stanley Kubrick tem uma filmografia impecável, recheada de filmes
fantásticos e perturbadores. (Saiba mais sobre o diretor aqui)
Em “O Iluminado”, Kubrick moldou a obra
de Stephen King ao seu Bel-prazer. King talvez não tenha gostado, já que tratou
de fazer sua própria versão audiovisual da obra em 1997. Mas ele sabe que o
filme de 1980 é irreparável e insuperável.
Durante as filmagens o diretor
costumava telefonar para o escritor e fazer-lhe perguntas totalmente descabidas
como: “você acredita em Deus?”. O que deixava Stephen King furioso.
Reza a lenda que Kubrick gastou 390 mil
metros de película para filmar “O Iluminado”, sendo que o material usado para
compor o filme corresponde a 1% desse montante. Dizem ainda que o diretor, em
seu perfeccionismo desvairado, obrigou a atriz Shelley Duvall a repetir uma
mesma cena mais de 100 vezes, além de tratá-la muito mal durante as filmagens.
Azar
o dela, sorte a nossa.
Êeeeee
ResponderExcluirComentei!
:)
Shelley mora no meu coração! <3
Bem-vindo ao blog, adorei rsrsrs
ResponderExcluirOi Samuel,
ResponderExcluirtudo bem?
Que bom vê-lo por aqui.
Engraçado, eu adorava filmes de terror, quando eu era mais nova, mas agora, não gosto mais. Não sei porque.
Mas já vi vários, inclusive esse que você comentou.
E devo confessar, não me deu nenhum pouquinho de medo. Inclusive, não me bata, mas achei ele bem bobo, acho que é minha implicância com o autor do livro, no qual o filme foi baseado.
Nunca consegui ler nenhum livro dele até o final, pois a escrita dele é super monótona, muito descritiva, muito mesmo, chega a ser cansativo.
E na época, todos comentavam sobre o livro. Então, eu fui ver o filme, e não gostei.
Então, desafio você a na próxima sexta me deixar realmente com medo!!!
beijinhos.
Cila- leitora voraz
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/
Samuel que máximo amei sua participação aqui no blog da Carolina e essa coluna será um sucesso já vi. Sempre fui medrosa e nunca encarei esse filme, mas tenho vontade. Concordo com vc que esses filmes atuais considerados terror não passam de uma carnificina sem sentido. Lembro que os filmes sexto sentido e os outros me assustaram muito, mas pelo suspense que qualquer coisa, nunca vi filmes como jogos mortais, acho violência demais =\ tento me poupar, mas enfim parabéns e sucesso.
ResponderExcluirComecei a ler seu livro e com certeza em janeiro teremos resenha dele lá no blog. Parabéns pelo talento, sua narrativa é envolvente e instigante.
Leituras, vida e paixões!!!
oiii Samuel, demorei mas vim conferir sua crítica cinematográfica!
ResponderExcluirEsse filme sim é seu estilo, bem a sua cara (lembra do papo do medo, cof cof #Leo#, kkkk)
Eu nunca vi esse filme. Tive uma fase muiiito viciada em terror, mas hoje em dia curto mais suspense (embora esse filme pareça ser os dois, rs). Mas ainda vou ver o filme, de tanto ouvir falar bem, rs
beijos
http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/