17 de janeiro de 2014

O que eu assisti nessa sexta feira #4 "A Pele que Habito"




Desde que a sua mulher foi vítima de um acidente de automóvel, o doutor Robert Ledgard, eminente cirurgião estético, dedica-se à criação de uma nova pele graças à qual poderia salvá-la. Doze anos após o drama, Robert consegue cultivar uma pele que é uma verdadeira couraça contra todas as agressões. Para além de muitos anos de investigação e de experimentação, Robert precisa de um cobaia, de um cumplice e de uma ausência total de escrúpulos. Os escrúpulos nunca o afogaram. Marília, a mulher que se ocupou de Robert desde o dia em que nasceu, é a cumplice a mais fiel do mundo. Quanto à cobaia...


   
Título
La Piel que Habito (Original)

Ano produção
2011

Dirigido por
Estreia
           
4 de Novembro de 2011 ( Brasil )
Duração
146 minutos
Classificação
Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero
Drama; Suspense; Terror

País
Espanha




Bom dia, pessoas de epitélio natural. Hoje vamos conversar sobre um filme “um pouco” diferente, mas não menos arrepiante. Que comece a sexta feira!


A PELE QUE HABITO

“A Pele que Habito” é um filme do diretor espanhol Pedro Almodóvar, baseado no romance “Tarântula”, de Thierry Jonquet, e mostra a história do cirurgião plástico Robert Ledgard, em uma trama extremamente angustiante.


O filme se inicia acompanhando a rotina na mansão de Ledgard, onde, aparentemente, ele mantém uma paciente como prisioneira. Os fatos se seguem de uma forma obscura, onde a expectativa pelo entendimento do que realmente está acontecendo naquela casa impera.

Ledgard tem uma personalidade sombria, e suas perturbações são um mistério. A paciente, por sua vez, tem uma história não contada, um passado desconhecido, o que torna o suspense cada vez mais intenso e desconcertante.

Depois de determinados acontecimentos ligeiramente bizarros, sabemos um pouco mais sobre o passado do cirurgião e, logo em seguida, um salto temporal nos leva ao passado, e acontecimentos, inicialmente desconexos com o presente, se desenrolam rumo a revelações arrepiantes.

Somente por volta de 80 minutos de filme, o cerne da trama é revelado, e, devo confessar, é simplesmente assustador. O mais impressionante é que, ao contrário do que acontece normalmente em um suspense, a revelação é o que torna o filme mais angustiante. A partir daí, uma sensação de consternação toma conta do espectador, que passa a lidar com a difícil tarefa de digerir a verdade recém-descoberta.

Após a grande revelação, a tensão se dá muito mais pelo que aconteceu que pelos fatos vindouros, e o final é exibido ainda com o gosto angustiante dos acontecimentos passados.
 


A montagem não linear foi fundamental para manter o clima de tensão e o suspense por todo o filme, e sem ela determinados acontecimentos e revelações não seriam tão impactantes.


O elenco é impecável. Antônio Banderas está ótimo na pele do protagonista, sem exageros nem excessos, construindo muito bem a personalidade sombria e ligeiramente insana de Robert Ledgard. Elena Anaya é fantástica, o que se acentua após a metade do filme, conseguindo desdobrar a personalidade de sua personagem com maestria. E o último, mas não menos importante, destaque é Marisa Paredes, a fiel empregada de Robert, que parece compartilhar com o patrão sua loucura, perfazendo uma cúmplice perfeita.



“A Pele que Habito” é um filme surpreendente, e super recomendado.
Simplesmente Genial!



OS AUTORES DO CRIME


PEDRO ALMODÓVAR

É um cineasta, ator e argumentista espanhol.
Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele nem sua família tinham dinheiro para pagar seus estudos. Antes de dirigir filmes foi funcionário da companhia telefônica estatal, fez banda desenhada, ator de teatro avant-garde e cantor de uma banda de rock, da qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Óscar de melhor diretor. Homossexual assumido, seus filmes trazem a temática da sexualidade abordada de maneira sublime.

Seu ano de nascimento é incerto, sendo por vezes divulgado como 1949 e outras vezes como 1951. A página oficial do cineasta, no entanto, afirma que nasceu na década de 1950.
(FONTE: filmow.com)


THIERRY JONQUET 

Nasceu em Paris, em 1954. O autor, que se especializou em thrillers, escreveu mais de 20 romances. Morreu aos 55 anos em sua cidade natal. Tarântula, além de servir como inspiração para o filme A pele que habito, de Pedro Almodóvar, foi seu romance mais aclamado por público e crítica.
(FONTE: www.record.com.br)




Até a próxima sexta e nunca confie em um praticante de yoga!

3 comentários:

  1. Parece ser bem legal! Me interessei bastante pelo filme, principalmente porque você disse que ele fica mais tenso depois que descobrimos a verdade, nunca vi isso em filme nenhum ^^

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  2. Oiee =)
    como teve coragem de assistir esse filme, ein, mocinha?
    meu coração gelou aqui só de ver essas imagens, principalmente a que o cara estar com a tesoura perto da língua #MedrosaEu e assumida. rsrs
    Beliscões carinhosos da Máh ♥
    Cantinho da Máh
    @Maaria_Silvana

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  3. Oi Samuel,
    tudo bem?
    Aonde você encontrou esse filme????? Dessa vez se superou!!!!
    Nunca vi nada do Pedro Almavodar, embora ele seja muito comentado. Achei bem interessante esse filme e bem diferente também. Me deixou muito curiosa para saber sobre essa paciente dele.
    Beijinhos.
    cila-leitora voraz
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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