28 de fevereiro de 2014

O que eu assisti nessa sexta feira #8 "Um Drink no Inferno"



Dois irmãos procurados pela polícia por 16 mortes seqüestram um ex-pastor e seu casal de filhos, para poderem atravessar a fronteira com o México e lá se dirigem à uma casa noturna freqüentada por caminhoneiros e motoqueiros, que é uma mistura de cabaré e prostíbulo.

Porém, ao chegarem lá eles se deparam com algo totalmente inacreditável.
   
Título: From Dusk Till Dawn (Original)

Ano de produção: 1996

Dirigido por:       Robert Rodriguez

Estréia: 26 de Abril de 1996 ( Brasil )

Duração: 108 minutos

Gênero: Ação; Policial; Terror

Pais de Origem: Estados Unidos da América




 
Bom dia a todos, Pussy Lovers ou não. Peguem suas estacas, abençoes a água e preparem suas cruzes! Vai começar a baixaria!

Que comece a sexta feira!




UM DRINK NO INFERNO


Um Drink no Inferno é uma obra prima escrita por Quentin Tarantino e dirigida por seu parceiro costumeiro Robert Rodriguez, e é um filme inacreditável.

Tudo começa após um assalto seguido de chacina perpetuado pelos irmãos Gecko. Seth e Richie buscam passar pela fronteira e encontrar um homem que os escoltará a um lugar seguro, onde poderão gozar em paz dos louros de seu trabalho duro. Mas as coisas nem sempre saem como planejadas.


Toda a primeira parte do filme, até a chegada ao bar, é uma história clássica de Tarantino. Sua assinatura esta toda lá; nos diálogos, na violência e até em seu famoso enquadramento de dentro de um porta-malas, o que deixa claro que, mesmo não assinando a direção, sua influência foi bastante presente.

Além disso, o próprio Tarantino interpreta um dos irmãos criminosos. E fica a impressão que Richard Gecko é um alter ego do cineasta, por que o olhar insano é o mesmo que aparece por trás das câmeras em fotos de bastidores, além do fetiche por pés que é um velho conhecido dos fãs do diretor. Com certeza Tarantino escreveu a cena em que bebe cerveja pelo pé da Salma Hayek para satisfazer uma fantasia pessoal, antes de tudo.

George Cloney aparece competente como sempre, com um personagem que se divide em protetor e bandido. Enquanto Richie tem um ímpeto insano e paranoico, Seth é o cérebro pensante e sensato da dupla, contudo, quase sempre falhando em controlar o irmão louco de pedra.

Em paralelo temos a família do pastor vivido por Harvey Keitel, que transparece um personagem atormentado e sofrido, que perdera sua fé após a morte da esposa em um estúpido e bizarro acidente. Seus destinos se encontram e, juntos, seguem para atravessar a fronteira dos Estados Unidos com o México.

- Para onde estão nos levando?
- Para o México.
- O que há no México?
- Mexicanos.

Quando o filme passa à sua segunda parte, vemos a assinatura de Robert Rodriguez entrar em ação, em um show de bizarrices absurdo e incontestavelmente divertido. Afinal, que outro diretor teria uma ideia como uma cueca/arma que faz menção ao genial masculino?

Toda a sequência do bar e extremamente trash, tudo proposital e, por isso, extremamente inteligente. Para a geração de vampiros bonzinhos e amáveis, que reluzem à luz do sol, os chupadores de sangue de Rodriguez e Tarantino são uma aula do que é terror divertido, e que vampiros são seres maus, vindos direto do inferno.

Temos um clímax, temos mortes, perdas, sofrimento e risadas. Tudo junto. O desfecho é uma volta ao estilo Tarantino de fazer cinema, e mantém o filme em um nível excelente até o último quadro.


O elenco é fantástico! Além dos já citados, temos Juliette Lewis, que combina com qualquer narrativa insana; Cheech Marin em nada menos que três papeis diferentes; Danny Trejo sendo Danny Trejo e Salma Hayek semi nua dançando com uma piton branca.

Um Drink no Inferno é um filme imperdível para qualquer fã de Tarantino, qualquer fã de Robert Rodriguez, amantes de filmes trash, ou simplesmente apreciadores de cinema que gostam de diversão.



- Vou te fazer uma pergunta, e tudo que deve responder é "sim" ou "não". Quer sair com vida?
- Sim.
- Bom. Regra n° 1: sem barulho. Sem perguntas. Se você fizer barulho... o Sr. .44 também vai fazer barulho. Se fizer alguma pergunta, o Sr. .44 vai responder. Agora, você entendeu clara e perfeitamente a regra n° 1?
- Sim.
- Regra n° 2... faça o que dissermos quando dissermos. Caso contrário, veja a regra n°1. Regra n° 3: nem tente fugir da gente... porque tenho seis amiguinhas... e elas podem correr bem mais do que você.
Abra seus olhos.
Gloria, aguente aí, siga as regras, e não foda com a gente, e sairá daqui com vida.


OS AUTORES DO CRIME


ROBERT RODRIGUEZ

Com apenas 12 anos, após assistir à Fuga de Nova York (1981), Robert Rodriguez decidiu a carreira que gostaria de seguir: ser diretor de cinema. Ainda na adolescência, ele utilizou uma antiga câmera da família para produzir seus primeiros filmes. Não havia preferência por gêneros, ele criou ações, ficções científicas, dramas e animações. Pouco entusiasmada com a realidade das telonas nos anos 70, sua mãe incentivava os dez filhos a conhecer a história do cinema e produções tradicionais.

Quando seu pai comprou um equipamento mais moderno, Rodriguez passou a fazer produções para amigos e familiares, e com isso, ficou conhecido no bairro como "garoto que fazia filmes". No cargo de diretor, ele estreou com o longa El Mariachi (1992), com a intenção de atingir somente o mercado de vídeo latino. O sucesso inesperado fez com que o cineasta assinasse contrato com grandes estúdios e ele assinou seu segundo longa, A Balada de um Pistoleiro (1995). Suas produções mais recentes são Era uma Vez no México, As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl em 3-D e Sin City - A Cidade do Pecado, Planeta Horror, Machete e Sin City 2.
(fonte: filmow.com)

                                 

QUENTIN TARANTINO

É um diretor, ator e roteirista de cinema dos Estados Unidos da América. Ele alcançou a fama rapidamente no início da década de 1990 por seus roteiros não-lineares, diálogos memoráveis e o uso de violência que trouxeram uma vida nova ao padrão de filmes norte-americanos.

Ele é o mais famoso dos jovens diretores por trás da revolução de filmes independentes dos anos 90, tornando-se conhecido pela sua verborragia, seu conhecimento enciclopédico de filmes, tanto populares, quanto os considerados "cinema de arte".

Os filmes de Tarantino são conhecidos por seus diálogos afiados, cronologia fragmentada e sua obsessão pela cultura pop. Comumente, são vistos como graficamente violentos e, em seus filmes Cães de Aluguel, Pulp Fiction e Kill Bill, há uma enorme quantidade de sangue jorrando.

Tarantino ficou conhecido como cineasta por seu conhecimento enciclopédico de filmes, críticas de cinema e história do cinema. Particularmente, ele tem um vasto conhecimento de filmes estrangeiros, filmes de gênero e filmes pouco conhecidos. Ele se declara um fã de filmes de ação de Hong Kong, filmes de faroeste, filmes de terror italianos, filmes da nouvelle vague francesa, e cinema britânico. Sua paixão por estes estilos de cinema se reflete em seus trabalhos — todos os seus filmes fazem referências a outros filmes ou gêneros diferentes de cinema, em seu estilo, histórias ou diálogos. Certa vez, ele resumiu tudo isso dizendo "Eu nunca freqüentei a escola de cinema. Eu freqüentei o cinema".
(fonte: filmow.com)



Até a próxima sexta!
E leve sempre água benta consigo!

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