Derek,
busca vazão para suas agruras tornando-se líder de uma gangue de racistas. A
violência o leva a um assassinato, e ele é preso pelo crime. Três anos mais
tarde, ele sai da prisão, e tem que convencer seu irmão, que está prestes a
assumir a liderança do grupo, a não trilhar o mesmo caminho.
Título:
American History X (Original)
Ano de produção: 1998
Dirigido por:
Tony Kaye
Estréia:
30 de Outubro de 1998 ( Mundial )
Duração:
119 minutos
Gênero:
Drama; Policial;
Pais de Origem:
Estados Unidos da América
Bom dia, skinheads confusos e ex-presidiários com crise de consciência.
Hoje é sexta feira -1.
Estou aqui
antecipadamente em virtude do feriado e de ordens da chefia. E vamos falar de
um dos meus filmes favoritos.
Recolha
suas bandeiras e esconda sua suástica. Que comece a sexta quinta-feira!
A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA
“A Outra
História Americana” é um filme singular, uma obra inteligente e bem executada,
com ótimas interpretações e uma história inesquecível.
Edward Norton
protagoniza o filme com seu brilhantismo costumeiro, entregando uma
interpretação visceral, e aparecendo irreconhecível como um skinhead frio e
sanguinário. Edward Furlong em um dos melhores, senão o melhor filme de sua
carreira. (James Cameron que me perdoe).
Derek é o “líder”
de um grupo de skinheads, que é preso
após assassinar um jovem negro que roubava seu carro e, diga-se de passagem, um
dos assassinatos mais brutais do cinema. Na cadeia, ele passa por maus bocados,
e começa a questionar o grupo radical do qual faz parte.
Enquanto
isso, acompanhamos Danny, irmão caçula de Derek, seguindo os mesmos passos
tortos do irmão e lembrando da trajetória deste até o presente. Com flash backs em preto e branco tomamos
conhecimento de como Derek se tornara um monstro neo-nazista e como sua
metamorfose impactou sua família.
A história
como um todo é um verdadeiro soco no estomago, e mostra como jovens são
alienados e convertidos ao ódio irracional, se virando uns contras os outros
sem o menor motivo plausível.
As mudanças
de perspectiva de Derek podem parecer repentinas, ou bruscas demais, e de fato
são. No entanto, isso ocorre em prol da história, e é necessário para que a
experiência do espectador seja mais brutal e completa.
A violência
está presente, mas é muito mais sensorial do que gráfica. Não há sangue em
demasia nem brutalidade física exagerada, e sim um clima denso e sufocante, um
mal estar causado pelas cenas exibidas que vai muito além de violência gráfica.
Em um país
tão segregado quando os Estados Unidos da America, “A Outra História America” é
uma obra corajosa e verdadeira. Arte genuína e sem reservas hipócritas.
O final é brutal, triste e necessário. Nada
mais, nada menos seria aceitável. Um retrato de redenção e consequências. Uma
obra obrigatória a todos que admiram um bom cinema, e para qualquer um que
ainda tenha a ideia deturpada que as pessoas se diferenciam pela cor de suas
peles.
O AUTOR DO
CRIME
TONY KAYE
Tony Kaye (Londres, 1952) é um diretor
de cinema, videoclipes, anúncios e documentários.
Sua estréia como diretor de cinema foi
em American History X (1998), um drama sobre racismo protagonizado por Edward
Norton e Edward Furlong. Norton foi indicado para o Oscar por sua atuação.
Nas edições de American History X, Kaye
e Edward Norton discutiram durantes as filmagens, pois Kaye reduziu as 200
horas de filmagens para 87 minutos. Edward Norton assumiu as edições e Kaye perdeu
o crédito na película. Kaye também quebrou uma regra de ouro em Hollywood ao
trazer esta ocorrência a público. A política e ética de Hollywood que não
permite que comentem fatos dentro dos estúdios, ninguém pode reclamar de
nínguém, somente são permitidos elogios. Este fato colocou Tony Kaye na
geladeira por vários anos, nenhum estúdio o chamou para dirigir seus filmes.
Kaye não pode concluir seu segundo
filme, Black Water Transit (2009) que tinha Laurence Fishburne, Karl Urban,
Brittany Snow e Stephen Dorff.
Em 2011, lançou Detachment. O filme é
um drama surrealista sobre o declínio do sistema de ensino em escolas
americanas.
(fonte: Wikipédia.org)
Até a próxima sexta!
E jamais morda o meio-fio!
Eu lembro de ter assistido esse filme anos e anos atrás, e fiquei bem perturbada em relação ao preconceito, preciso reassistí-lo agora anos depois. Quem sabe eu entenda diferente.
ResponderExcluirhttp://lendoebebendo.blogspot.com.br