17 de abril de 2014

O que eu assisti nessa sexta feira #14 "A Outra História Americana"





Derek, busca vazão para suas agruras tornando-se líder de uma gangue de racistas. A violência o leva a um assassinato, e ele é preso pelo crime. Três anos mais tarde, ele sai da prisão, e tem que convencer seu irmão, que está prestes a assumir a liderança do grupo, a não trilhar o mesmo caminho.
   

Título: American History X (Original)

Ano de produção: 1998      
   
Dirigido por: Tony Kaye

Estréia: 30 de Outubro de 1998 ( Mundial )

Duração: 119 minutos

Gênero: Drama; Policial;

Pais de Origem: Estados Unidos da América




Bom dia, skinheads confusos e ex-presidiários com crise de consciência.
Hoje é sexta feira -1. 

Estou aqui antecipadamente em virtude do feriado e de ordens da chefia. E vamos falar de um dos meus filmes favoritos.

Recolha suas bandeiras e esconda sua suástica. Que comece a sexta quinta-feira!



A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA

“A Outra História Americana” é um filme singular, uma obra inteligente e bem executada, com ótimas interpretações e uma história inesquecível.


Edward Norton protagoniza o filme com seu brilhantismo costumeiro, entregando uma interpretação visceral, e aparecendo irreconhecível como um skinhead frio e sanguinário. Edward Furlong em um dos melhores, senão o melhor filme de sua carreira. (James Cameron que me perdoe).


Derek é o “líder” de um grupo de skinheads, que é preso após assassinar um jovem negro que roubava seu carro e, diga-se de passagem, um dos assassinatos mais brutais do cinema. Na cadeia, ele passa por maus bocados, e começa a questionar o grupo radical do qual faz parte.

Enquanto isso, acompanhamos Danny, irmão caçula de Derek, seguindo os mesmos passos tortos do irmão e lembrando da trajetória deste até o presente. Com flash backs em preto e branco tomamos conhecimento de como Derek se tornara um monstro neo-nazista e como sua metamorfose impactou sua família.

A história como um todo é um verdadeiro soco no estomago, e mostra como jovens são alienados e convertidos ao ódio irracional, se virando uns contras os outros sem o menor motivo plausível.

As mudanças de perspectiva de Derek podem parecer repentinas, ou bruscas demais, e de fato são. No entanto, isso ocorre em prol da história, e é necessário para que a experiência do espectador seja mais brutal e completa.

A violência está presente, mas é muito mais sensorial do que gráfica. Não há sangue em demasia nem brutalidade física exagerada, e sim um clima denso e sufocante, um mal estar causado pelas cenas exibidas que vai muito além de violência gráfica.

Em um país tão segregado quando os Estados Unidos da America, “A Outra História America” é uma obra corajosa e verdadeira. Arte genuína e sem reservas hipócritas.

 O final é brutal, triste e necessário. Nada mais, nada menos seria aceitável. Um retrato de redenção e consequências. Uma obra obrigatória a todos que admiram um bom cinema, e para qualquer um que ainda tenha a ideia deturpada que as pessoas se diferenciam pela cor de suas peles.


 

O AUTOR DO CRIME


TONY KAYE

Tony Kaye (Londres, 1952) é um diretor de cinema, videoclipes, anúncios e documentários.

Sua estréia como diretor de cinema foi em American History X (1998), um drama sobre racismo protagonizado por Edward Norton e Edward Furlong. Norton foi indicado para o Oscar por sua atuação.

Nas edições de American History X, Kaye e Edward Norton discutiram durantes as filmagens, pois Kaye reduziu as 200 horas de filmagens para 87 minutos. Edward Norton assumiu as edições e Kaye perdeu o crédito na película. Kaye também quebrou uma regra de ouro em Hollywood ao trazer esta ocorrência a público. A política e ética de Hollywood que não permite que comentem fatos dentro dos estúdios, ninguém pode reclamar de nínguém, somente são permitidos elogios. Este fato colocou Tony Kaye na geladeira por vários anos, nenhum estúdio o chamou para dirigir seus filmes.

Kaye não pode concluir seu segundo filme, Black Water Transit (2009) que tinha Laurence Fishburne, Karl Urban, Brittany Snow e Stephen Dorff.

Em 2011, lançou Detachment. O filme é um drama surrealista sobre o declínio do sistema de ensino em escolas americanas.
(fonte: Wikipédia.org)


Até a próxima sexta!
E jamais morda o meio-fio!

Um comentário:

  1. Eu lembro de ter assistido esse filme anos e anos atrás, e fiquei bem perturbada em relação ao preconceito, preciso reassistí-lo agora anos depois. Quem sabe eu entenda diferente.

    http://lendoebebendo.blogspot.com.br

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