10 de outubro de 2014

O que eu assisti nessa sexta feira #25 - Garota Exemplar


Na época de seu quinto aniversário de casamento, Nick Dunne (Ben Affleck) avisa a polícia que sua linda mulher, Amy (Rosamund Pike), está desaparecida. Sob pressão da polícia e da imprensa, a imagem desse casamento perfeito começa a desmoronar. Logo, suas mentiras e seu comportamento estranho fazem todo mundo começar a perguntar: Será que Nick Dunne matou sua mulher?




Título                   Gone Girl (Original)

Ano produção    2014

Dirigido por        David Fincher

Estreia                  2 de Outubro de 2014 ( Brasil )

Duração               148 minutos

Gênero                 Thriller; Drama; Mistério

Países                   Estados Unidos da América





Bom dia, você que não matou sua esposa. Hoje é dia de CINEMA!



GAROTA EXEMPLAR
 
“Garota Exemplar” é o mais recente trabalho do diretor David Fincher, adaptado do romance homônimo de Gillian Flynn. Li o livro há algum tempo atrás (resenha aqui), e foi uma fantástica experiência, tanto como leitor quanto como pretenso escritor.

David Fincher é um diretor cujo talento é inquestionável, em seu currículo temos filmes fantásticos e icônicos, e é desnecessário citá-los. Seu trabalho é de um apuro técnico impressionante, conseguindo sempre ótimos resultados em suas adaptações. Em Garota Exemplar, além de ter uma grande história em mãos, Fincher contou ainda com um roteiro escrito pela própria autora do livro, o que garantiu a maior fidelidade possível ao original. Obviamente, tive o desprazer de ouvir leitores dizendo: “o livro tem mais detalhes!”. Prefiro ignorar quem se recusa a entender que cinema e literatura são mídias diferentes.

O filme, assim com o livro, e contado sob duas perspectivas diferentes, Nick e Amy, e em cronologias distintas, ao menos a maior parte da história. Esse recurso deixa o clima de tensão crescer em uma ascendente que a cada minuto apenas aguça mais a curiosidade do expectador. Não há respostas fáceis, não há dicas da verdade, apenas uma sucessão de acontecimentos que só faz instigar.
Quando a primeira revelação é “jogada” na tela, há um choque, mas, a despeito do que muitos possam pensar, as respostas ainda não foram todas dadas, e as surpresas continuam de forma chocante, com direito a um belíssimo banho de sangue e uma navalha na jugular de alguém.

O final é excelente, mórbido e ligeiramente angustiante, e provavelmente deixará muitos inconformados. Eu adorei.

As interpretações são consistentes, com destaque para Rosamund Pike. Alguns criticam um pouco o Ben Affleck, outros criticam muito. Eu me satisfiz com sua ininterpretação.

Sobre a técnica cinematográfica, só posso dizer que Fincher sabe traduzir sensações com imagens. O filme é lento, necessariamente lento, e isso colabora com a tensão, ajuda a transmitir com eficiência o estado do relacionamento do casal. Algumas críticas alegaram que o filme se estende por demais, e eu continuo discordando, pois os minutos que se seguem ao desfecho são de uma melancolia angustiante. Eu realmente adoro coisas angustiantes.

Super recomendado, esse filme deveria ser obrigatório em qualquer curso de noivos.





Até mais, crianças.

E nunca subestime uma garrafa de vinho.

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